Concurso Criativo Spruemaster
Ao invés de sorteios ou montagens de kits, dessa vez o Spruemaster vai premiar a criatividade dos modelistas.
As regras são simples.
– Leia atentamente a narrativa abaixo de um soldado italiano A narrativa é fictícia, entretanto é baseada em fatos reais, como datas e localizações.
– Depois você deve escrever a carta que o soldado vai mandar para a sua namorada.
– Ela deve ter uma lauda, ou seja, uma folha A4, usando-se fonte corpo 12. Pode ser um pouco mais ou um pouco menos, mas sem exageros.
– Para participar o concorrente deverá estar cadastrado no FEED no Blog (clique aqui para cadastrar-se) e enviar o seu texto para este e-mail até o dia 10 de Dezembro de 2010.
– É proibido usar palavrões e ofender pessoas e instituições.
– Será permitida apenas uma carta por participante.
– As cartas serão avaliadas pelo editor do Blog (Lucas Rizzi) e por mim (Fernando Zavarelli)
– A melhor carta será premiada com o kit da Ace Models Trattore Leggero – TL-37, escala 1/72, gentilmente cedido pela Hobbyterra, patrocinadora do Spruemaster. Para ver o review deste kit clique na imagem.
– As três melhores cartas e a carta vencedora serão publicadas no dia 20 de Dezembro de 2010.
– Os custos de envio do prêmio são de responsabilidade do ganhador.
Agora leia a narrativa, solte a imaginação e comece a escrever. Boa sorte !
Hoje é 30 de junho de 1942, estamos acampados a uns 50 km de El Alamein. Aproximadamente umas 22h00 o tenente Piero veio nos das as boas notícias. Nosso batalhão iria apoiar o ataque do Afrika Korps de Rommel contra as linhas britânicas, em suas posições fortificadas entre El Alamein e Deir el Shein. Horário da saída: 06h00.
Tentei dormir um pouco, mas as 4h00 já estávamos em pé nos preparando para partir. Engatamos uma artilharia de 75 mm no nosso velho TL-37, abastecemos e recebemos munição e água. Além de mim, nossa equipe conta com os soldados Maletti e Carlo, o sargento Renzo e o cabo Antonelli, nosso motorista. Pontualmente as 6h00 começamos a nos mover em direção a Deir el Shein, para uma posição que nos tinha sido designada pelo comando.
Rodamos por pouco mais de uma hora e já estávamos bem próximos de nossa posição de tiro. Mas infelizmente, na última curva, atrás de um pequeno monte, demos de cara com um Stuart inglês que provavelmente tinha avançado além de sua linha. O cabo Antonelli freou bruscamente, tentando uma manobra evasiva, mas o Stuart disparou seu 50 mm e atingiu nosso TL-37 em cheio, fazendo-o rodar bruscamente e nos jogando na areia. Do chão observei o blindado inglês, já esperando o seu segundo disparo, que acabaria com o resto de nós. Antes que disparasse, sua torreta explodiu violentamente, sendo arrancada do casco. Fiquei sem entender por alguns segundos, quando pelo meio da fumaça consegui enxergar um Panzer IV a uns 200 metros. Era da 90ª Divisão Panzer, que estava estacionada um pouco mais a leste da nossa posição. Seu canhão tinha colocado o Stuart fora de combate, para sempre.
Quando levantei descobri que o disparo tinha atingido diretamente a posição do motorista de nosso veículo. Pobre cabo Antonelli. Só consegui recuperar seus pequenos óculos escuros de uma massa de carne, sangue e metal…
Recuperamos o que foi possível, posicionamos o nosso 75 mm e começamos a disparar nas posições britânicas. De longe podíamos ver as nuvens de poeira levantadas pelos blindados e a fumaça negra dos incêndios.
A situação estava cada vez pior para o nosso lado. A cada disparo nosso, vinham pelo menos 10 britânicos, explodindo cada vez mais próximos de nossa posição. Recebemos notícias que as divisões panzer tinham sofrido grandes baixas, sendo reduzidos a poucas dezenas de blindados e as perdas humanas somavam quase mil, entre mortos e feridos.
O final do dia se aproximava e o sol já estava se pondo no horizonte, dando uma trégua do infernal calor que fazia arder sobre as nossas cabeças. O dia tinha sido encarniçado e os britânicos não apresentavam sinais que iriam aliviar a carga. Com a noite chegou também uma trégua e os dois lados estavam se recuperando para o dia seguinte, que seria decisivo. Aproveitamos as últimas luzes do dia para enterrar decentemente o que tinha sobrado do cabo Antonelli. O soldado Maletti improvisou uma refeição com algumas latas e comemos todos em silêncio, o que provavelmente seria a nossa última refeição…
O sargento Renzo e o soldado Carlo foram limpar o nosso valente 75 mm para o dia seguinte. A lua já estava no céu, deixando tudo prateado com a sua luz. E foi impossível não pensar na minha Antonella, com seus cabelos pretos e olhos negros, que que tinha deixado em Verona. Vou aproveitar esses últimos momentos de calmaria e escrever algumas palavras para minha amada, pois podem ser as últimas…
Querida Antonella…
A minha já foi…
Bom, deverei escrever uma carta do Tenente Zavarelli à sua adorada Antonella, relatando a “paúra” (medo) pelo que passava à noite, até a chegada junto à sua posição do Cabo Rizzi e seu possante Chevettão pra substituir meu primo Cabo Antonelli. Carma lá!…
Ass.: Antonelli (o Oswaldo), Generalíssimo primo do Cabo.
(Generalíssimo (do latim: generalissimus) é uma patente militar bastante exclusiva. O termo é utilizado para descrever generais do exército cujos cargos foram além do normalmente permitido pelas patentes militares. Normalmente é utilizado para descrever generais que foram também chefes de estado.)
hehehehehehe
Abraços!