O fim do modelismo está realmente próximo?
Tenho acompanhado diversas discussões entre os modelistas dizendo que o modelismo “vai acabar”, fundamentadas principalmente devido ao fechamento de algumas lojas de modelismo aqui nas terras Tupiniquins.
O modelismo, de modo geral, não vai acabar. Pode ficar tranquilo com relação a isso. Ele é um negócio que movimenta muito dinheiro ao redor do mundo, não podemos tomar por base a nossa realidade como uma verdade absoluta para o resto do mundo.
Em minha opinião, o modelismo nunca viveu uma era tão boa quanto a que vivemos agora, novas tecnologias de modelagem, processos de produção e acesso a materiais fazem com que tenhamos modelos extremamente detalhados, kits com 500, 1.000 peças e até mais já estão pipocando por todo o mercado, qualidade de injeção jamais vistas, uso de tecnologias de scaneamento e impressão 3D… E tem mais: você se lembra quando foi a última vez que comprou um kit cheio de rebarbas? Pois é, isso é algo praticamente extinto.
Tudo melhorou. A forma de montagem, tintas, insumos, enfim. Há no mercado uma miríade de produtos, ferramentas e tudo o mais para o modelismo. O investimento para produzir esse tipo de material é imenso e estou certo que nenhum fabricante investiria tempo e dinheiro em uma coisa, ou mercado, que está em decadência. Tenha certeza disso também.
O que acontece é que, por aqui no Brasil, vivemos uma crise econômica que já se arrasta por muitos anos, e que é sentida por todos nós. Obviamente o Hobby é um dos primeiros ‘setores’ a sentir o peso, sejamos honestos, é um gasto supérfluo e o primeiro a ser cortado quando é necessário apertar o cinto com as contas pessoais. E, por consequência, os lojistas, esses heróis não reconhecidos, são os primeiros a tombar nesta batalha contra uma economia ruim.
Para um lojista sobreviver por aqui ele enfrenta custos fixos bem altos, uma carga tributária imensa, que começa no momento em que o importador fez o pedido da mercadoria com o fabricante. Os custos que envolve esse processo de importação não são baixos, e ainda por cima estão ligados à variação cambial, que sabemos, anda bem alta.
Por conta de tudo isso, o preço final dos kits nas prateleiras não chega a ser muito convidativo se comparado com o preço que se consegue pelo mesmo kit comprando em alguma loja no exterior, pois para nós, consumidores comuns, a carga tributária de importação é bem menor, estou falando apenas de impostos que é somente uma parte dos custos dos lojistas.
Segundo a Pesquisa Nacional do Plastimodelismo realizada em 2017, 47% dos entrevistados disseram realizar suas compras exclusivamente em lojas no Brasil, sendo as três lojas preferidas: HOriginal (citada 258 vezes), Mais Modelismo (citada 227 vezes) e HTC (citada 177 vezes). E mesmo esse volume não foi suficiente para salvar a Horiginal do seu fechamento, embora eu não saiba exatamente o motivo. O que quero dizer, é que as vendas nas lojas despencaram, e que isso reflete para o lojista, que em algum momento acaba mesmo tendo que fechar suas portas. Mas lembre-se que não são somente lojas de modelismo que andam fechando, infelizmente.
O que quero dizer é que o modelismo não vai acabar devido a crise econômica no Brasil, e que não existe nenhum tipo de inverno nuclear modelístico ou algo do gênero. A economia vai mal, as coisas andam mal, e não é somente em um setor. Simples assim.
Mas deixando de lado tudo isso, quero que agora imagine o seguinte: uma situação hipotética em que todos os fabricantes do mundo fechassem suas portas ao mesmo tempo. Você já calculou quanto tempo levaria para finalizar todos os seus kits em estoque? Parei de fazer esse cálculo quando percebi que não viveria tempo suficiente para montar tudo o que tenho guardado (risos de desespero). Ainda vou fazer um post falando somente sobre esse assunto.
Imagine por quantos anos mais o mercado de kits de estoques pessoais poderia alimentar o modelismo? Tenho certeza que por MUITOS anos. Por isso volto a dizer: o modelismo NÃO vai acabar e não há motivo algum para esse tipo de preocupação.
A intenção deste post é somente lançar uma luz de um ângulo diferente para um problema que não é exclusivo do plastimodelismo. Tenho outros hobbies como o aeromodelismo, aquarismo e fotografia, e por lá existem reclamações bem semelhantes.
E tem solução? Tem.
Em parte depende de nós, termos atitudes mais positivas com relação a tudo. Sei que é difícil, mas ficar só reclamando é ainda pior. E a outra parte da solução vem das políticas públicas, onde não temos controle algum, somos apenas passageiros nesse barco chamado Brasil.
Vamos colocar um kit na bancada e se divertir. Afinal, é pra isso que serve o modelismo!
Eu entendo que o que mudou foi o público e modelistas.
Explico. Eu quando criança ( comecei aos 9 anos de idade), comprava meus kits no supermercado. Ia no Jumbo Eletro ou no Paes Mendonça na área de brinquedos, e sempre tinha um Revell, Heller ali para serem vendidos.
Ainda hoje, pasmen, faço isso, sempre passo na área de brinquedos para dar uma olhada…
Então na minha geração (tenho 43), o pessoal começou cedo e com isso fomentou o hobbie de uma maneira rápida.
Naquela época, não pensem que era mais barato, pelo contrário, os impostos eram altos pois nossas “fronteiras”, eram fechadas para produtos vindos de fora através desestímulo fiscal. Se não me engano foi o presidente Collor que acabou com tal barreira.
Quem não lembra dos kits Revell Kiko que eram mais baratos?
Lembro de várias lojas aqui de SP que não existem mais… Mobral Modelismo, Speed Modelismo, dentre outras tantas que baixaram as portas.
Então posso estar errado mais a geração nova, não se interessa em “fazer” algo que não poderá interagir, que não poderá ser manipulado, que não pisca luz, não tem wi-fi e Bluetooth…kkkk
Por isso o pessoal entra no hobbie mais velho e não vemos tantas caras novas.
Também tenho para mim que não vai acabar, só mudou o público e quem consome modelismo.
Abraço mestre.
Oi Ricardo,
É um ótimo ponto de vista!
Então . . .
Só posso me manifestar sobre o assunto, com a ótica de plastimodelista consumidor, observando o desempenho dos modelistas da minha cidade e de alguns conhecidos virtuais . . . .
Fazendo uma auto-análise, infelizmente constato que minha produção sempre foi muito inferior ao meu impulso consumista, o que de certa forma contribui de maneira não muito adequada com o comércio.
De 2013 até agora, percebo também uma queda acentuada na produção dos colegas modelistas que tenho contato; salvo alguns “fora da curva”, que são legítimos prodígios em quantidade de modelos montados e em qualidade de resultados obtidos.
Não sei se essa queda de produção é real ou apenas percepção. Se existe tal queda de produção, não creio que a crise econômica seja a causa, pois a grande maioria de nós (plastimodelistas) possui um generoso estoque de quase tudo que é necessário para o hobby, além de uma capacidade criativa indiscutível em encontrar soluções caseiras para o que nos falta.
Talvez, por conta da crise, estejamos trabalhando mais para ganhar o “pão nosso de cada dia”, mas ainda assim não percebo que seja a causa da suposta “retração” do modelismo brasileiro.
Tal retração, em meu conceito, deve-se principalmente à grande variedade de “distrações e estímulos” que temos hoje em dia.
Falando apenas por mim, o modelismo concorre com: NETFLIX, leitura, video-games e jogos de computador, mídias sociais (smartphones), atividades familiares, vida social (sim, eu tenho), e uma menina de 7 anos que felizmente suga minhas energias.
Creio que, em meus 44 anos, nunca fui tão bombardeado com estímulos audiovisuais como sou agora; e se comigo o modelismo está em desvantagem, imagino como é na cabeça de jovens e adolescentes. Temos de concordar que nosso amado hobby, não é um exemplo de atividade dinâmica. Pelo contrário, requer extensos momentos de tranquilidade e introspecção, condições quase inexistentes para muitos.
No que tange à expansão do hobby, nos cabe divulgá-lo cada vez mais em nossos círculos de convívio, nas redes sociais e principalmente estreitar o contato entre nós modelistas. Devemos buscar também, compartilhar experiências e espaços com praticantes de outros hobbys e práticas artísticas (aeromodelismo, pintura, fotografia), só temos a ganhar.
Pra finalizar, o que realmente estou me esforçando é para praticar mais, deixar de ser o eterno iniciante.
Abraços.
Olá Amigo!
Sou proprietário da LEX HOBBY STORE COLECIONAVEIS!
Atuamos desde 2013 no ramo de colecionáveis e plastimodelismo no RIO GRANDE DO SUL, vi muitas lojas fecharem nesse tempo, aqui mesmo são raras as lojas de modelismo!
Sou da nova geração do Hobby, hoje com 35 anos de idade, pratico desde os 8!
O Principal fator para o Hobby estar escasso no Brasil somente, porque lá fora é amplamente praticado, é a questão de priorizar outras coisas, muitos preferem ou optam por gastar seu dinheiro em baladas, festas e afins, as gerações mais novas querem imediatismo e as mais velhas se fecham as novidades, muitas lojas fecharam por simplesmente não se atualizarem ao novo mercado, onde cada mês é necessário evoluir e se adaptar.
Nosso maior diferencial é não deixar o hobby em um formato chato, fazemos postagens dinâmicas, modelos diferenciados, sair do convencional, não deixar o hobby com cara de coisa chata e sem graça.
Em especial ao nosso estado, os impostos nos comem vivos, e mesmo assim tentamos fazer o melhor para os preços não ficarem elevados, mas milagres não existem, em um kit que eu pago R$200,00 não posso vender a R$210,00 , qualquer um com um mínimo de noção econômica sabe que margem de lucro é tudo em um negócio, afinal é um negócio, e depende de um lucro mínimo para se manter em pé!
Aqui pagamos cerca de 15% só no custo de cada item, mais o valor do frete, e mais 4,5% na saída de nota fiscal de venda, então as pessoas precisam parar de colocar a culpa nos lojistas e focar em culpar o estado, esse sim é o inimigo do hobby no Brasil!!!!
Gostaria muito de participar de eventos para poder conversar por horas com os amigos, sobre esse e vários outros pontos, mas estamos geograficamente longe, e devido aos encargos de trabalho acabo ficando sem tempo , mas pretendo participar e inclusive realizar eventos para reunir os amigos e novos praticantes!
Por fim, o problema sempre será o que as pessoas priorizam, porque para gastar em muitas coisas o dinheiro aparece, e quando chega a hora do hobby tudo é caro, é questão de dar mais importância as coisas que realmente valem a pena, e saber ponderar, as contas e saber administrar os gastos.
Vejo exemplo de conhecidos meus que gastam R$300 ou mais em bares, mas um kit de R$65,00 é caro, kkkkkkkk, são escolhas, não se pode ter tudo o tempo todo!
Olá, acho que esqueceu de escrever seu nome rsrsr
Obrigado pelo comentário, e o seu ponto de vista faz bastante sentido, infelizmente nem todos os consumidores não conseguem ver pela ótica dos lojistas.
Você está bem certo.
um grande plastiabraço!
Caro Lucas, sou proprietário da Passatempo Hobbies e Modelismo, inaugurada em Curitiba em 2005.
Vivo o modelismo desde os oito anos estou hoje com 67.
Sou co-fundador do GPP_SD na caso do saudoso Françoi,
Realizei a maior convenção da História Brasileira em 1985 no Centro Cultural Vergueiro, 4000 modelos nas mesas.
Sou fundador da IPMS Curitiba em 2001, do Superkits Club em 2007 se me lembro bem, e conselheiro da atual administração da IPMS Curitiba em sua segunda fase.
Posto isto, apenas para mostrar a todos minha convivência com o Hobby, quero dizer que concordo com você em gênero, número e grau,
O MODELISMO NÃO VAI ACABAR.
Hoje recebo visitas de interessados em voltar ou ingressar no hobby todo mês e com a seguinte característica, idade na faixa dos 40, profissional formado com poder aquisitivo. Hora isto não poderia ser melhor. Nós mal podíamos comprar um kit, após um mês economizando a condução e o lanche na escola, enganando nossas mães que havíamos lanchado e o ônibus demorou ! risos.
Pois bem, apenas 47% dos entrevistados compram nas lojas brasileiras, e os demais 53% acham que estão fazendo um ótimo negocio. Ledo engano,
Nossos dois importadores, isso mesmo, dois, poderiam comprar 53% mais!!!
A solução dos problemas é simples, comprar mais aqui.
Importadores, mais sérios que deveriam entender seu lugar no mercado, não vendendo direto ao público consumidor, mas apenas aos lojistas, Fundamental meu caro colega. Produtores de resinas, etc idem,
Assim nosso mercado cresceria.
Gostaria de escrever muito mais, mas não posso por razões diversas.
Muito obrigado pela oportunidade, em Curitiba, conte conosco.
Atenciosamente
Celso D Navarro
Perfeita colocação Celso!
Obrigado por comentar aqui no Blog!
Plastiabraços!
distribuidor/fabricante esta vendendo direto para o consumidor final em todos os ramos, não é só no hobby. eles tem contrato proibindo isso mas usam e-commerce laranja pra simular que não houve quebra de contrato. E sabe o pior? eles vendem mais barato mas obrigam os lojistas a cumprir tabela de preço.
So faltou considerar uma coisa, muitos inclusive eu compram no ebay/exterior porque não tem aqui pra vender, por ex ferramentas da dspiae… Pelo menos no meu caso não é por achar estar fazendo negocio da china e sim porque não acha pra vender aqui, ou se tem a venda pelo menos não esta no site.
E tem muito cara se dizendo lojista quando na verdade é sacoleiro, vendendo itens que traz na mala ou pede pra trazerem, que prejudica os verdadeiros lojistas 🙂
Os “sacoleiros” são os maiores inimigos dos lojistas. E realmente a falta de produtos no mercado é um grnde problema e não é por falta de dizer aos lojistasa e importadores, a pesquisa Nacional do Plastimodelismo esta aí pra provar. É uma pena que o modelismo não seja levado a sério por eles 🙁
Plastiabraço!
A verdade pe uma só. Se voce quer acabar com um país, como a China, basta por a equipe economica brasileira lá. Vai haver até guerra civil por lá.
Se voce quiser levantar o Brasil da tumba, bassta trazer a equipe economica chinesa pra cá, e voce vai ver que o Brasil vai crescer 7 8 ou mais por cento ao ano!
Está 100% correto.Infelizmente a maioria que pratica nosso hobby não vê isso ou vê e não quer acreditar por motivos óbvios.
Exatamente meu amigo
Excelente matéria,
O plastimodelismo nunca esteve tão bom e está cada vez melhor!
Melhores fontes de pesquisa/conhecimento, facilidades de interação entre plastimodelistas, insumos, equipamentos, kits e acessibilidade no comércio global. Preço é muito relativo de interpretação.
Quanto as afirmações do “iminente final do plasti”, há anos escuto a mesma ladainha com argumentos pobres.
Pois é Boris, penso exatamente da mesma forma!
Muito obrigado pelo seu comentário 🙂
Plastiabraço!
Jamais acabará.
Quem fala que o modelismo vai acabar são uns tontos mal amados, mal humorados, frustrados que gosta de ser negativista.
Só isso.
Tá bem longe de acabar.
O plastimodelismo sempre concorreu com praia, piscina, baladas, jogo de xadrez, truco, filme pornô, cinema, bons livros de Frederick Forsyth, John Le Carré, Tom Clancy, culinária caseira, namoro, carrinho de rolimã, Atari e outras coisas que não existiam antes do iPhone e PS4,
E resistiu e se aperfeiçoou.
Fui!
Abraço
Gui
Exatamente isso meu amigo!!
Obrigado pelo seu comentário!
Plastiabraços
Acabar não irá mas no Brasil tá vindo um tempo de vacas magras faz algum tempo. Tá muito custoso para novos hobbystas. Já era meio salgado antes com a gente podendo importar no dólar a 2.5 reais. Agora tá horrível pra quem não tem renda considerável nem uma pilha de kits estocados.
No mundo não irá acabar mas no Brasil vai minguar bastante.
Penso que o (Plásti)modelismo não terá fim. Vejo que teremos em alguns anos uma revolução com a tecnologia de impressão 3D ficando com custo mais acessível. Os fabricantes passarão a vender projetos em 3D pra Vc imprimir (ou desenvolver o seu..) em casa.
Creio que as diferentes mídias do modelismo vão coexistir, como vimos há alguns anos com jornais, revistas e internet.
O volume (venda & mercado) de cada tipo talvez diminua. O trabalho reside em criar renovado interesse para as novas gerações, pois modelismo é muito mais instigante que mídia sociais. Talvez as próximas gerações iniciem no modelismo mais tarde na vida.
O problema é outro !
O crescente domínio do eConmerce e das transações comerciais / postais (Amazon, eBay, etc), estão arruinando o varejo tradicional das lojas que frequentavamos, com amigos, kits na mão e muita conversa.
Isto pode ser resgatado estabelecendo mais (e melhores !!) Clubes de Modelismo.
Penso que esse é o caminho.
Grande Abraço a todos !
Excelente ponto de observação Werner também acho que o caminho é esse!
Plastiabraços e obrigado por comentar!
Uma coisa é certa, o valor dos kits novos, com todas as mil peças…. subiu vertiginosamente (será que ninguém faz mais kits simples, e de menor custo afinal… e as novas gerações???? que querem algo rápido para se divertir… irão aguentar semanas para concluir ujma montagem extremamente tecnica?!) e isso acaba por inviabilizar a aquisição por nós… que ainda sofremos com fretes elevados ao comprar lá fora (risco de taxação… perda do material…. enfim).
São kits bons? COM CERTEZA mas…. isso acaba por fazer com que fiquemos sem alternativas…. se lá fora a coisa vai muito bem, aqui, estamos fadados a sermos a ultima geração de modelistas. Digo isso pois o jovem de hoje é imediatista, não há estimulo à habilidade manual (nunca houve a bem da verdade) e os jogos eletrônicos e tecnologia dominam o interesse….
No atual ritmo da politica nacional… não visualizo uma melhora na economia, que retorne ao que era antes de 2014, em menos de UMA DÉCADA (E isso se tudo correr bem, o que está longe de ser fato!). E desse jeito muitos dos modelistas mais veteranos já terão partido….. ai complicou mesmo…..
quanto ao fechamento da HOriginal, uma coisa é certa, já ia alguns anos, uns 3 que não havia mais tantos kits, tanta variedade… lamentavel, pois entre 2008 e 2013 era comum estar saturada com estoques enormes e preços super competitivos com os da China!!!!
O grande desafio na próxima década será conseguirmos obter kits! Hoje, olho nas poucas lojas e vejo poucas opções que já não me são atrativas…. e a demora em renovar estoques é broxante… e comprar no exterior, COM SORTE, consigo fazer umas três compras, no máximo quatro no exterior e ainda assim limitada a um ou dois kits, não extrapolando os 50 dollares com frete…..
bom, o hobby não acabará, mas ficará bem limitado e ainda mais restrito!!!
Pois é Anderson, a questão é bem complexa, so pra você ter uma idéia um dos nossos maiores importadores de kits estava me explicando que pra fazer compra no fabricante ele tem que fazer o pedido, fechar o container e pagar à vista, essa mercadoria só vai chegar na mãos dele 6 meses depois, sim 6 meses depois, tudo por causa da burocracia de nosso país isso sem falar nas taxas que ele tem que pagar… Para o lojista ou importador a coisa é ainda mais complicada.
A solução seria passarmos a comprar deles, para fomentar o negócio, mas quem quer pagar mais caro por kit? Talvez vamos ter que acabar comprando lá fora mesmo ou consumindo o próprio estoque de kits 🙂
Plastiabraço!
com um detalhe, ele é obrigado a comprar o que o fabricante manda, o lojista não pode escolher so kit A e B. tem que levar junto uma penca de kits que não vende. Eu já negociei com um fabricante top pensando em ser representante e tinha que levar quantidade mínima de todos os modelos. na tamiya so pode escolher se nao me engano uma parte, o resto eles enfiam goela abaixo.
Isso mesmo Marco!
O pessoal não faz ideia de como é complicado ser lojista.
Plastiabraço e obrigado por deixar seu comentário!
Só pela quantidade de kits guardados nos armários, garagens e escondidos das esposas por ai, esse povo (nós),vai precisar de, pelo menos, uns 200 anos de montagem pela frente. Pode diminuir, mas não acaba não, tá o sangue.
: D
Concordo plenamente!!!
ja falei em outro fórum, justamente num tópico do fechamento da horiginal. O brasil esta em crise econômica desde 2015-2016, não tem nada a ver com crise no nosso hobby. Mas interpretaram como política, o que não tem nada a ver, se uma corrente política não quer enxergar que estamos entrando em recessão, o dólar esta nas alturas azar deles, as lojas aqui no Brasil estão fechando e é crise econômica e não crise plastimodelistica 🙂
Exatamente isso Marco! Direto ao ponto 🙂
Obrigado por deixar seu comentário.
Plastiabraço!
Concordo com tudo que o Lucas disse, e adiciono que hoje o hobby enfrenta ainda outro rival : a praga de smartphones e app s que sugam o tempo de qualuqer pessoa, especialmente os jovens. O hobby não acabará, mas nessa mudança de geracional, certamente vai perder/já perdeu muitos potenciais entusiastas para o mundo virtual.
Até mesmo nós temos que reconhecer que passamos cada vez mais tempo com a cara colada em uma tela de led.
Pois é Marcelo, esse assunto tem muitas faces que podem ser discutidas e analisadas e essa mudança digital tem sido um problema bem sério, aliás a medicina já até reconheceu o vício no celular como uma patologia clínica.
Todos os hobbies de maneira geral estão enfrentando esse novo inimigo.
Um grande plastiabraço!